5 principais motivos de conflitos em empresas familiares
Luis Kobielski Luis Kobielski

5 principais motivos de conflitos em empresas familiares

Publicado em 9 de dezembro de 2015

Conflitos em família sempre existirão e devem ser administrados. Especulações, conflitos de interesses, ciúmes acerca da transmissão dos bens e do comando dos negócios familiares são sentimentos naturais do ser humano e presentes em muitas das famílias que detêm algum patrimônio.

1. Falta de diálogo

“Quem não comunica, se trumbica” – disse Chacrinha, um dos maiores comunicadores do Brasil. Ele estava corretíssimo. O diálogo é vital para a relação das pessoas. Principalmente em uma empresa, onde a convivência diária demanda interação contínua. A falta de conversa entre casais ou entre pais e filhos com certeza desestrutura qualquer negociação. É preciso dialogar o tempo todo com empatia e compreensão. A comunicação é uma via de mão dupla. Então deve-se sempre falar e ouvir.

 

2. Protecionismo

A maioria dos pais pensa que seus filhos serão seus sucessores naturais dentro do negócio, mas esse sentimento nem sempre condiz com a realidade. Somente com o diálogo e o estabelecimento de regras claras para todos os envolvidos é que os conflitos podem ser administrados de modo a evitar desavenças familiares, falta de profissionalismo no dia a dia da empresa e até possíveis batalhas judiciais.

 

3. Rivalidade entre irmãos
A rivalidade entre irmãos é tão velha quanto a Bíblia, onde é referido o episódio em que Caim mata Abel por ciúmes. Em uma empresa familiar, problemas podem ocorrer quando as pessoas não são maduras o bastante para separar assuntos familiares de profissionais. Uma situação muito comum de atrito entre irmãos se dá quando precisam decidir quem sucederá o pai. Empresas que abrigam rixas desse tipo tendem a viver constantes conflitos, que muitas vezes arruinam negócios de longa data.
4. Ciúmes do negócio

Muitas empresas são fundadas e administradas pela mesma pessoa durante décadas. Em alguns casos, cria-se um ciúme do negócio que pode atrapalhar a relação familiar, havendo inclusive resistência em passar o bastão à próxima geração.  O gestor da empresa tende a centralizar todo o poder e decisões em si mesmo, não permitindo que os familiares se preparem para o momento de assumirem mais responsabilidades dentro da empresa.

 

5. Conflitos de gerações

Para todos, a próxima geração sempre é fútil e superficial. Isso é um ciclo que se repete e ocorre há muito tempo. Sempre a próxima geração rompe com a mentalidade antiga. Essa diferença de pensamentos e ações, dentro de uma empresa, podem ser potencializados e externados com conflitos. Cada um acha que a empresa deve seguir em uma direção. Isso é normal. Mas deve-se procurar a racionalidade para tomar decisões acertadas para a sustentabilidade e o sucesso do negócio.

 

Conclusão

As empresas já atuam em mercados altamente competitivos. Viver em conflito também dentro da empresa e da família pode ser muito desgastante e ruim para os negócios, diminuindo inclusive a produtividade e competitividade.

Infelizmente dinheiro, poder e família são ingredientes que podem resultar em conflitos. Para evitá-los, os chefes do lar precisam ser transparentes em suas decisões. A melhor solução pode ser antecipar esses possíveis conflitos para administrá-los.

Um caminho para muitos desses problemas é o planejamento da sucessão. Ele é capaz de antecipar eventuais disputas de interesses entre as novas gerações, decorrentes da futura divisão dos bens ou da condução dos negócios, e criar regras e instrumentos jurídicos que possibilitem a administração desses conflitos com racionalidade e profissionalismo.

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